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Vacina contra Covid-19 deve chegar ainda no ano de 2020


As frentes para tornar a vacina uma realidade acontecem em vários países.

Nos Estados Unidos, duas vacinas experimentais desenvolvidas em conjunto pela empresa alemã de biotecnologia BioNTech e pela gigante farmacêutica norte-americana Pfizer receberam a designação de “via rápida” da agência reguladora de medicamentos dos Estados Unidos, informaram as duas empresas no último dia 13 de julho. As candidatas a vacinas BNT162b1 e BNT162b2 são as mais avançadas entre as pelo menos quatro que estão sendo avaliadas pelas duas companhias em testes nos EUA e na Alemanha. Neste mês, as duas empresas disseram que a BNT162b1 mostrou potencial contra o vírus e foi bem tolerada no estágio inicial de testes em humanos. Se os estudos em andamento tiverem sucesso e as vacinas receberem aprovação regulatória, as empresas dizem esperar produzir até 100 milhões de doses até o final deste ano e potencialmente mais 1,2 bilhão de doses até o final de 2021. As companhias afirmaram que esperam iniciar um teste em larga escala com até 30 mil participantes até o final deste mês, se receberam aprovação das autoridades reguladoras. O status de “via rápida” da Food and Drug Administration (órgão equivalente à Anvisa) é dado para acelerar a análise de novos remédios e vacinas que mostram potencial de atender necessidades médicas ainda não resolvidas.

TESTES NO BRASIL

Além do Brasil, Rússia, Chile e Arábia Saudita também estão no radar para os testes da Fase III, segundo informou o co-fundador da empresa no último dia 11, Qiu Dongxu, em uma conferência em Suzhou, na China. Ele não informou quando os testes começariam se, de fato, isso ocorrer. Em maio, um estudo publicado pela revista científica Lancet apontou que a vacina produzida pela farmacêutica chinesa CanSino era a primeira segura e eficaz contra o Coronavírus. A vacina desenvolvida pela empresa CanSino Biologics e pelo Instituto de Biotecnologia de Beijing recebeu, no fim de junho, aprovação para uso limitado em militares chineses, pelo período de um ano.

TRIAGEM

O Instituto Butantan abriu no último dia 13 de julho a plataforma de inscrição e triagem para quem deseja participar dos testes da Coronavac, vacina contra o Coronavírus desenvolvida em parceria com o laboratório chinês Sinovac. A previsão é que as primeiras doses comecem a ser aplicadas ainda em julho. As exigências incluem ser profissional da saúde e trabalhar com pacientes que estejam com Covid-19. Além disso, não pode ter contraído o vírus ainda. O formulário está disponível no site do governo de São Paulo. Após o preenchimento, o candidato vai ver se ele é um potencial voluntário ou não. Caso esteja habilitado, será orientado a procurar um dos centros de pesquisa da área onde mora. Haverá testes em São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul. Serão 9.000 voluntários, sendo que metade tomará a vacina e a outra metade receberá placebo. Esse tipo de estudo é duplo cego, em que paciente e aplicador não sabem quem está recebendo o quê. Apenas os pesquisadores têm informações de quem recebeu o antígeno ou placebo. É um protocolo padrão usado em estudos científicos para não influenciar o resultado final. Todos serão acompanhados pelo período de 12 meses, o que vai incluir exames rotineiros para dosagem de anticorpos contra o coronavírus.


BRASIL ENTRA EM PARCERIA PARA PRODUÇÃO DE VACINA CONTRA O VÍRUS

O governo federal enviou resposta à embaixada Britânica e ao presidente do laboratório AstraZeneca aceitando a proposta de acordo de cooperação no desenvolvimento tecnológico e acesso do Brasil à vacina para Covid-19. O acordo prevê a compra de lotes da vacina e da transferência de tecnologia. Se demonstrada eficácia, serão 100 milhões de doses à disposição da população brasileira. A vacina é desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela AstraZeneca, sendo uma das mais promissoras no mundo. No Brasil, a tecnologia será desenvolvida pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), fundação do Ministério da Saúde. Para o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, a parceria bilateral coloca o Brasil na liderança do desenvolvimento da vacina contra o coronavírus. “A partir do acordo, o país reforça sua contribuição com o mundo no desenvolvimento de uma resposta definitiva à pandemia e reafirma o seu compromisso em salvar vidas”, destacou o secretário. O acordo, quando celebrado, prevê a transferência de tecnologia de formulação, o envase e o controle de qualidade. Será utilizada a previsão legal de encomenda tecnológica prevista na lei nº 10.973, de 2004, e amparada na lei de licitações, a 8.666, de 1.993. O secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos, Hélio Angotti Neto, também destacou que o Ministério da Saúde acompanha 16 estudos de ensaios clínicos relacionados à vacina da Covid-19 e que o país pederá ter até mais vacinas se necessário. “Na nossa avaliação técnica observamos que essa é uma das vacinas que está em processo mais avançado. Nesse sentido avançamos na proteção e cuidado da população brasileira”, reforçou. O acordo tem duas etapas. Começa com uma encomenda em que o Brasil assume também os riscos da pesquisa. Ou seja, será paga pela tecnologia mesmo não tendo os resultados dos ensaios clínicos finais. Em uma segunda fase, caso a vacina se mostre eficaz e segura, será ampliada a compra. Nessa fase inicial, de risco assumido, serão 30,4 milhões de doses da vacina, no valor total de U$ 127 milhões, incluídos os custos de transferência da tecnologia e do processo produtivo da Fiocruz, estimados em U$ 30 milhões. Os dois lotes a serem disponibilizados à Fiocruz, de 15,2 milhões de doses cada, deverão ser entregues em dezembro de 2020 e janeiro de 2021. O governo federal considera que esse risco de pesquisa e produção é necessário devido a urgência pela busca de uma solução efetiva para manutenção da saúde pública e segurança para a retomada do crescimento brasileiro. Atualmente, a vacina está em estudo clínico com testes no Rio de Janeiro, Se a vacina for segura e eficaz e tivermos o registro no Brasil, serão mais 70 milhões de doses, no valor estimado em US$ 2,30 por dose. Com o acordo que será firmado, o Brasil se coloca na liderança do desenvolvimento da vacina contra o coronavírus. A iniciativa, assim, não apenas garante que o produto à disposição, mas dará autonomia brasileira na produção.


OUTRAS VACINAS

Mais de cem vacinas contra a Covid-19 estão em estudo, e 21 delas já são testadas em seres humanos. Somente duas se encontram na fase mais avançada - a III -, e ambas serão testadas, entre outros lugares, no Brasil.




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