Na época da Idade Média, os cristãos deveriam obedecer aos dias de jejum, excluindo de sua dieta alimentar as carnes “quentes”.
O bacalhau era uma comida “fria” e seu consumo era incentivado pelos comerciantes nos dias de jejum. Com isso, passou a ter forte identificação com a religiosidade e a cultura do povo português. O rigoroso calendário de jejum foi aos poucos sendo desfeito, mas a tradição do bacalhau se mantém forte nos países de língua portuguesa até os dias de hoje, principalmente na Páscoa, uma data expressiva da cristandade, quando se celebra a Ressurreição de Cristo. A cultura do bacalhau é milenar. Existem registros no Século IX do processamento do bacalhau na Islândia e na Noruega no Século IX. Mas não se pode esquecer que os portugueses disseminaram a culinária do bacalhau desde o século XV, quando na corrida das descobertas, através das grandes navegações gerou a necessidade de produtos alimentares para suportar as longas travessias marítimas. Assim, o bacalhau foi uma revolução na alimentação, porque na época os alimentos estragavam pela precária conservação e tinham sua comercialização limitada, observem que a geladeira surgiu no século XX. O método de salgar e secar o alimento, além de garantir a sua perfeita conservação mantinha todos os nutrientes e apurava o paladar. A carne do bacalhau ainda facilitava a sua conservação salgada e seca, devido ao baixíssimo teor de gordura e à alta concentração de proteínas. Na Páscoa a renovação da vida, no bacalhau o estímulo à celebração através dos seus sabores. Experimente os deliciosos pratos feitos com esta tradicional iguaria juntamente com um delicioso Azeite Extra Virgem Português!
Comments