Como já aconteceu em outros setores, a tecnologia vem transformando a saúde.
Esse processo que vinha caminhando lentamente nos últimos anos, tomou impulso com a pandemia da Covid-19, que impôs uma série de restrições e cuidados extras para população e também para os profissionais da área. Veja abaixo as tendências para a saúde do futuro:
DIGITALIZAÇÃO DO ATENDIMENTO A jornada do usuário do serviço de saúde pode ser melhor otimizada. Muito tem se falado em ter portas de entrada digitais para o sistema de saúde via aplicativos, por exemplo.
EDUCAÇÃO E ATUALIZAÇÃO MÉDICA ONLINE Grande parte do aprendizado médico e das equipes pode ser feita no ambiente online. Os ambientes de troca de informações virtuais cresceram e provaram que a experiência de aprender pode ser muito boa no ambiente digital, superando inclusive o ambiente presencial para alguns casos.
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NO ATENDIMENTO O uso machine-learning, uma vertente da inteligência artificial, que oferece a possibilidade de identificar padrões em dados e automatizar a construção de modelos analíticos, será cada vez mais comum na medicina. As pessoas se tornaram mais receptivas pela força da necessidade do isolamento. Com a Covid-19, novos formatos de triagem de pacientes baseado em dados se tornaram cada vez mais comuns, o que ajuda a otimizar os recursos da saúde.
USO DO PENSAMENTO ÁGIL PARA CRIAR SOLUÇÕES NA SAÚDE O pensamento ágil aplicado ao lean software na indústria têm sido adotado para testar soluções novas na saúde. Testar rápido, aprender, adaptar, com mínimo de custos, evitando-se o desperdício são pilares que estão sendo incorporados na saúde. Pesquisadores estão se unindo para criar coisas incríveis como ventiladores mecânicos que custam dez vezes menos.
EMPODERAMENTO DO PACIENTE O médico deixa de ser a única autoridade em termos de conhecimento. Cada vez mais as pessoas buscam ativamente informações qualificadas sobre doenças, tratamentos, alternativas e possibilidades, há um desejo latente em compartilhar decisões com o médico(a). O paciente e seus entes queridos querem ter protagonismo no acompanhamento da doença.
CONEXÃO EMOCIONAL O setor está entendendo de uma forma mais estruturada que entregar uma boa medicina está cada vez mais distante de somente fazer o diagnóstico e dar uma conduta, uma vez que tecnologias como a inteligência artificial, por exemplo, podem vir a fazer cada vez mais no futuro.
ESTRUTURAS DESCENTRALIZADAS E COMPARTILHADAS O cuidado com a saúde deixa de ser centralizado em grandes hospitais e instituições e se torna mais compartilhado. Existem exemplos de unidades de terapia intensivas percorrendo domicílios na Austrália com monitoramento à distância. Estruturas mais adaptáveis como os hospitais de campanha nos mostraram que é possível pensar nestes novos formatos de atendimento. Há cada vez mais uma perda de protagonismo do hospital como única unidade de cuidado e atenção à saúde. O compartilhamento de dados entre instituições e governos é outra tendência que ajuda bastante o mundo a pensar de forma integrada sobre problemas que tendem a ser globais. Criou-se uma possibilidade de reflexão colaborativa e o cenário de pandemia foi essencial para isso.
USO DE DADOS A tendência é de que cada vez mais a medicina leva em conta a análise de dados no tratamento de pacientes e estudo de doenças. A experiência com Covid-19 mostra a importância, por exemplo, de usar dados globais para rastrear os sintomas da doença e as diferenças que apresentadas em cada país.
INFLUCIENCIADORES Um médico(a) pode lotar seu consultório por ser uma autoridade digital e mostrar que tem expertise e conteúdo necessário. Essa autoridade compartilhada permite que os médicos (as) ganhem protagonismo pessoal e tornem-se menos dependentes das estruturas estabelecidas.
CONHECIMENTO COLABORATIVO Profissionais de saúde e pessoas de um modo geral vão sair da pandemia com uma perspectiva mais colaborativa no que tange ao compartilhamento de conhecimento. Isso também acelera plataformas comunitárias de trocas de informação e casos clínicos.
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