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Novembro Azul: câncer de próstata mata

O câncer de próstata é o tumor mais comum entre homens com mais de 50 anos. De acordo com estatísticas americanas, um em cada seis homens desenvolverá câncer de próstata no decorrer da vida. No entanto, somente um homem em cada 35 morrerá da doença. Ele é responsável por 10% de todas as mortes provocadas por câncer em pacientes do sexo masculino, ficando atrás dos tumores de pulmão e intestino. Para falar sobre o Câncer de Próstata, o Sua Saúde entrevista o urologista Dr. Adriano Vilaça Belo, do Núcleo Urológico de Betim. Confira:

SUA SAÚDE: Por que é importante fazer o exame de toque? Dr. Adriano: Através do toque, o médico consegue ter uma medida subjetiva do volume e da consistência da próstata, bem como a presença de nódulos prostáticos. Isto tem uma correlação direta com os sintomas da próstata. Assim, o urologista consegue avaliar se os sintomas – dificuldades ou dores para urinar, aumento e urgência da frequência urinária, jatos diminuídos, jatos fracos – se tem relação com o aumento do volume da próstata. Além disto, detecta nódulos, que podem ser benignos ou malignos. O diagnóstico se complementa por uma biópsia.

SUA SAÚDE: Quando fazer o exame de PSA? Dr. Adriano: Trata-se de um exame de sangue que pode ser feito em qualquer época da vida. Mas, o paciente com histórico de dois ou mais parentes que tiveram câncer de próstata com menos de 55 anos de idade, se tem tendência a câncer de mama e ou de próstata na família, se é negro, é bom fazer o PSA aos 40 anos e o toque a partir dos 45. O Ministério da Saúde no Brasil recomenda que o exame de prevenção e toque seja feita a partir de 50 anos. Já a Sociedade Brasileira de Urologia recomenda o PSA acima de 40 anos e o toque acima de 45.

SUA SAÚDE: Quem faz somente o PSA, pode confiar 100% no resultado? Dr. Adriano: O PSA é uma proteína produzida pelo tecido prostático. Ele não é um marcador exclusivo de câncer de próstata. Um PSA alto pode significar próstata grande, prostatite, infecção urinária, ou câncer de próstata. Na medicina não existe nada 100%. Ao se fazer o exame de toque e PSA, anualmente, a gente tem uma chance de 80% de acurácia, ou seja, de diagnóstico conclusivo. O PSA permite um diagnóstico mais precoce, já o toque pode mostrar um câncer mais avançado. Hoje a maioria dos casos se detecta com o PSA, mas pode acontecer do PSA não detectar.

SUA SAÚDE: Quais os fatores de risco para o câncer de próstata? Dr. Adriano: Hoje temos poucas comprovações do que realmente causa o câncer de próstata. Sal em excesso, ingestão desregulada de gordura e fritura e estresse são fatores comuns a todos os cânceres, genericamente falando. O Câncer de próstata é doença do envelhecimento, também temos fatores genéticos. Na verdade, não há o que fazer para se prevenir, a não ser ter uma vida saudável em todos os aspectos, além de fazer avaliação e diagnóstico precoce que são fundamentais para detecção e cura da doença.

SUA SAÚDE: Como se prevenir contra a doença? Dr. Adriano: Não existe prevenção. Prevenir é não deixar ter. O que há é uma detecção precoce. Quando o paciente vai ao consultório do urologista, ele faz uma detecção. Fazer o PSA e o toque não vai impedir que a pessoa desenvolva a doença. O que fazemos é uma orientação para vida saudável. Descobrir a doença a tempo, pode ser sinônimo de cura.

SUA SAÚDE: Dê um recado para os homens que deixam de fazer o exame de próstata por constrangimento. Dr. Adriano: Hoje, mais do que nunca, trabalhamos com prevenção. A tecnologia mostra que é possível um diagnóstico precoce e, assim, trazer menos danos para o paciente. Os grandes problemas do câncer de próstata são as conseqüências da cirurgia ou da radioterapia, como a impotência e incontinência. Os novos tratamentos diminuem a incidência destas complicações. Hoje a cirurgia da próstata é feita por laparoscopia e robôs (faço em BH), e se mostram muito eficientes. Não há sentido em não se fazer o diagnóstico. O exame de toque não dura mais do que 20 segundos. O preconceito existe, mas está sendo superado.

CONTATO

NÚCLEO UROLÓGICO

Av. Solimões, 108, Brasiléia.

(31) 3532-3583

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