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Novas regras para financiamento de imóveis

Foto do escritor: Consolacao ResendeConsolacao Resende

CMN autoriza bancos a indexarem financiamentos imobiliários à inflação.


Desde meados de agosto, os bancos podem

oferecer crédito imobiliário corrigido pela inflação.

O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou

resolução que permite que novos financiamentos

do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) tenham

o saldo devedor atualizado por índices de preços.

A resolução foi aprovada na reunião extraordinária

do CMN, no último dia 14, e divulgada

pelo Banco Central (BC), depois de o presidente da

Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, ter

anunciado que o banco passará a conceder crédito

imobiliário corrigido pelo Índice Nacional de Preços

ao Consumidor Amplo (IPCA) mais uma taxa de

juros fixa.

Os financiamentos habitacionais são corrigidos

pela Taxa Referencial (TR),atualmente zerada, mais

juros fixos que variam conforme o perfil do

mutuário. Em julho do ano passado, o conselho havia

autorizado a concessão de crédito corrigido pela

inflação. A resolução, no entanto, não alcançava as

operações do SFH, nas quais o tomador usa o

saldo da conta do Fundo de Garantia do Tempo de

Serviço (FGTS) para pagar as prestações e amortizar o

saldo devedor.

Em nota, o Banco Central explicou que a

medida ajuda a tornar o mercado imobiliário menos

dependente da poupança e do FGTS, cujos recursos

são em parte usados para empréstimos habitacionais.

Segundo o BC, os financiamentos corrigidos

pela inflação podem servir de lastro (base) e

ampliar a participação de instrumentos voltados

para o crédito imobiliário negociados no mercado

financeiro, como os certificados

de recebíveis imobiliários e as letras

imobiliárias garantidas.

Segundo o comunicado, a medida é derivada da

agenda de modernização do sistema financeiro e

beneficiará o consumidor ao ampliar as modalidades

de financiamento imobiliário disponíveis, aumentar

a concorrência entre os agentes financeiros e

reduzir os juros finais para o tomador.


CAIXA: PARCELAS MAIS BARATAS


A Caixa Econômica Federal anunciou, no dia

20 de agosto, uma linha de financiamento que utilizará

a inflação oficial do país, calculada pelo Índice de

Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), como

composição para as taxas de juros. Com isso, o

consumidor terá acesso as parcelas mais baixas das

até então oferecidas pelo banco, que detém mais de

70% do crédito imobiliário no país.

Até início de agosto, a Caixa oferecia apenas

modelos de financiamento com juros calculados pela

Taxa Referencial (TR) — que é zero desde 2017—

somada a um valor fixo de 8,5% a 9,75%. Agora,

também será possível ter acesso a crédito indexado

ao IPCA mais uma taxa fixa de 2,95% a 4,95%. O

IPCA é medido e divulgado mensalmente pelo IBGE.

Para o financiamento, será utilizado o valor acumulado

em 12 meses, que é recalculado mensalmente

com a divulgação da inflação mensal.

Os cenários calculados mostram a diferença no

valor da parcela inicial entre a nova linha e a atual.

As previsões são para financiamentos de 300

mil reais, 500 mil reais e 1 milhão de reais, em 30

anos, utilizando a inflação acumulada nos últimos 12

meses, de 3,22% em julho, de acordo com o IBGE.

 
 
 

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