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Foto do escritorConsolacao Resende

Estamos envelhecendo!

Editorial


Crescemos ouvindo que o Brasil era um país de jovens. No entanto, nossa pirâmide etária está mudando. Hoje, as famílias não têm muitos filhos, quem tem três tem muito. Este é o perfil do novo Brasil: um país de idosos e que terá que se adaptar para cuidar dos seus “velhinhos e velhinhas”. Fato é que ninguém está imunce ao envelhecimento, salvo em caso de morte prematura. Por isto, um dos pontos primordiais é saúde deles, que é muito mais barata quando preventiva. Ou seja, precisamos de ter um sistema público que abarque os idosos preventivamente. Não adianta cuidar do câncer quando ele já se alastrou pelo corpo por meio de metástases. Convênio saúde para idosos é muito além da realidade, pois a maioria sobrevive de aposentadorias de até dois salários-minimos. Além da saúde, é preciso dar acessibilidades, seja nas ruas, nas casas, nos prédios, em qualquer lugar. Quantos e quantos idosos são vítimas de quedas por falta de uma rampa? Ainda temos muitos que não tem mobilidade e fazem uso de cadeiras de rodas. “Ser velho”, no Brasil, é sinônimo de preconceito. Ninguém quer envelhecer. Além do já tradicional sentimento de impotência que atinge muitos idosos, ainda existe a indiferença de jovens que acreditam estar imunes ao “vírus da velhice”. Um exemplo disto é que muitos idosos não querem andar de transporte público, pois são maltratados por motoristas, cobradores e até passageiros, que os vêem com um “entrave”. Se esquecem de que eles tem o direito de ir e vir como qualquer outro cidadão. Ser velho deveria ser sinônimo de sabedoria, de experiência, de beleza, por que não? As rugas não deveriam ser vistas como algo feio e, sim, como marcas de vitórias, de lutas, de sofrimento, de amor, de sabedoria ... Quem não deseja chegar aos 100 anos? Mas, já aviso, é impossível chegar com um rostinho de 20. Olha, que nem combina!


IDOSO PRECISA DE CUIDADO

Depois de ter passado a vida cuidando da família, do trabalho, dos afazeres, o idoso precisa do nosso carinho. Por isto, em todo o país vem aumentando o número de espaços que cuidam de idosos, como por exemplos asilos (lares, casas de repouso, hospedaria, casas de longa permanências). Aqui um parenteses, hoje, na maioria destes lugares, os antigos asilos primam por um atendimento humanizado. Os particulares, como exemplo, tem por objetivo cuidar do idoso e, assim, permitir que a família possa curtir seu ente querido. Já o poder público não consegue aumentar as vagas, fato que precisa ser revisto urgentemente, pois a pobreza assola muitos de nossos idosos e faltam vagas. O problema do enve-lhecimento não é o idoso e, sim, que mundo estamos preparando para eles. Em breve, também seremos idosos!

Lar Casa dos Contos

Mais do que cuidado, é carinho


Há 5 anos, a médica Patrícia dos Santos Pinto e o fisioterapeuta Rafael Gonçalves Morais (foto) realizaram o sonho de proporcionar um espaço voltado para o idoso, que é o Lar Casa dos Contos.

Os profissionais trabalhavam juntos em atendimentos domiciliares a idosos quando detectaram a dificuldade de muitas famílias que não tinham, em Betim, um lugar para deixar os parentes mais velhos quando viajavam, ou quando, tinham um compromisso extra. “Isto ficou claro no dia em que um senhorzinho de 87, ficou inconformado quando a esposa teve que ir para um lar em BH e ele não tinha nem como visitá-la”, conta Patrícia. “Tivemos a ideia de criar um espaço para idosos com permanência fixa e diaristas e acompanhamento nutricional, ocupacional etc.”, continua. Assim nasceu a Casa dos Contos. O primeiro local foi no bairro Filadélfia. Depois de uma procura, os pais de Rafael cederam a casa em que moravam para os dois empreendedores. Juntamente com esta escolha, aconteceu a gestação do nome. Rafael explica que eles se inspiraram em Dom Quixote de La Mancha que era um exímio contador de histórias, assim como os idosos que são experts em contar suas histórias. Rafael explica que o objetivo principal do lar é “Mais do que cuidado, é carinho. O espaço foi criado para fazer com que o idoso se sinta acolhido, se sinta em casa”. A médica complementa: “desta forma a família tem tempo para curtir seu idoso, pois os problemas nós resolvemos”.

FUNCIONAMENTO

O Lar Casa dos Contos tem atendimento de internos e de diaristas. “A família tem inteira liberdade em montar os horários, levar para almoçar, os horários de visita”, explica a médica. Os idosos têm direito a sete refeições por dia, cardápio este que passa pela mão de uma nutricionista. Esta profissional faz um trabalho individual e coletivo.No Lar trabalham fisioterapeuta, médico geriatra, psicólogo, terapeuta ocupacional, músico, nutricionista, enfermeira, técnicos de enfermagem, cuidadores de idosos, além dos profissionais dos serviços gerais como cozinheira, serviços gerais e outros.As atividades são desenvolvidas levando-se em conta a época. Por exemplo, quando esta reportagem esteve lá, o tema era festa junina. O músico e o fisioterapeuta desenvolvem atividades lúdicas.Dra. Patrícia explica que a casa tem como se adaptar ao idoso, contando com leitos individuais e em grupos.

CONTATO

LAR CASA DOS CONTOS

R. Karen Lessa Rodrigues, 270 - Arquipélago Verde, Betim - Telefone: (31) 3594-1571

Lar Ilza Couto

A importância de cuidar dos idosos

A melhor idade chega para quase todo mundo e o número de idosos que têm o privilégio de vivê-la com saúde e disposição cresce cada vez mais.

No entanto, nem todos são ativos e independentes. Aqueles que precisam de mais atenção e geralmente requerem dedicação integral muitas vezes dependem de familiares e cuidadores contratados. Infelizmente, no mundo corrido em que vivemos, poucas pessoas podem se dedicar a cuidar de seus familiares mais velhos. O trabalho, a família, o despreparo, o estresse de lidar com a terceira idade e a falta de tempo são os principais motivos pelos quais os idosos são hospedados em casas de repouso. Nesse contexto, o lar para idosos surge como uma opção segura de cuidado do idoso. Não só por ser um ambiente preparado para receber a terceira idade, mas porque conta com profissionais especializados em cuidar das necessidades de seus clientes. Em Betim, o Lar Ilza Couto é a excelente opção para quem preza pela segurança e pelo cuidado do seu ente querido. De acordo com a fisioterapeuta e idealizadora do projeto, Ana Flávia Dutra Couto, o objetivo da casa de repouso é oferecer “um ambiente acolhedor, alegre e aconchegante” aos seus idosos. “Nossa missão é proporcionar qualidade de vida ao idoso prestando um serviço de hospedagem assistido diretamente por profissionais qualificados, contribuindo assim com a sua longevidade”, explica. Ana conta que o avô paterno, Manoel Couto tinha o deseja de morar em um Lar de Idosos. Por o pai e o avô visitaram diversos espaços em Belo Horizonte, fato que despertou na fisioterapeuta a paixão e o prazer no cuidar. Sempre pensando no bem-estar dos idosos, Ana Flávia optou por colocar água filtrada até nos banheiros, além de uma fonte que funciona como umidificador do local. Para dar acessibilidade, ela ainda conta com um táxi adaptado para cadeirantes.

SERVIÇOS OFERECIDOS

Hospedagem Temporária Modalidade de serviço onde são oferecidos cuidados a idosos, por um período pré-determinado como durante viagens de familiares ou férias do cuidador, por exemplo.

Hospedagem diária Cuidados diários oferecidos a idosos em período integral ou parcial (matutino/vespertino).

Hospedagem Permanente Cuidados prestados a idosos com qualquer grau de dependência de forma contínua.

*Contamos com uma equipe profissional qualificada e atenciosa, com enfermagem 24 horas, nutricionista, psicólogo, médico e fisioterapeuta.

*Casa 100% adaptada com área de convivência, quartos com suítes e parceria com taxi acessível e convencional

CONTATO

LAR ILZA COUTO

Rua Paraná, 126 – Bairro Espirito Santo, Betim TELEFONES: 3532-2871 99785-0064

IBGE

Número de idosos no Brasil deve dobrar até 2042

População acima de 60 anos representa hoje 13,5% dos brasileiros; projeções indicam que essa fatia vai saltar para 24,5% em duas décadas e meia.

A população idosa (acima de 60 anos) deve dobrar no Brasil até o ano de 2042, na comparação com os números de 2017. Os dados são de projeções do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). De acordo com o levantamento, o país tinha 28 milhões de idosos no ano passado, ou 13,5% do total da população. Em dez anos, chegará a 38,5 milhões (17,4% do total de habitantes). Em 2042, a projeção do IBGE é de que a população brasileira atinja 232,5 milhões de habitantes, sendo 57 milhões de idosos (24,5%). Em 2031, o número de idosos (43,2 milhões) vai superar pela primeira vez o número de crianças e adolescentes, de 0 a 14 anos (42,3 milhões). Antes de 2050, os idosos já serão um grupo maior do que a parcela da população com idade entre 40 e 59 anos. O IBGE ainda calcula que a população brasileira deve continuar crescendo até 2047 (233,2 milhões). A partir de então, o número de habitantes começa a cair lentamente, chegando a 228,2 milhões em 2060.

MAIS DADOS

A população brasileira deve crescer 6,8% nos próximos dez anos e atingir 222,7 milhões. A taxa de fecundidade continuará caindo, segundo as estimativas do Instituto. Hoje, é de 1,77 filho por mulher. Em 2060, o número médio de filhos por mulher será de 1,66. A idade média em que as mulheres têm filhos será maior no futuro. Hoje, é 27,2 anos; podendo chegar a 28,8 anos em 2060. “A revisão 2018 mostrou que o envelhecimento do padrão da fecundidade é determinado pelo aumento na quantidade de mulheres que engravidam entre 30 e 39 anos e pela redução da participação de mulheres entre 15 e 24 anos na fecundidade em todas as grandes regiões do país”, explica o IBGE. Atualmente, a população entre 20 e 49 anos é de 96,4 milhões (46,2%). Em 20 anos, cairá para 93,1 milhões (40,3%), chegando a 80 milhões em 2060, ou 35,4% do total.

MENOS CRIANÇAS

Enquanto o número de idosos aumentará, o de crianças de 0 a 9 anos deve cair nas próximas décadas. Hoje, essa faixa etária representa 14% da população (29,3 milhões). Em 2038, crianças até 9 anos serão 11,1% do total de brasileiros, ou 25,8 milhões.

Asilos

Preconceito ainda existe

Muitas pessoas ainda pensam que a vida de um idoso em um asilo é “algo cruel”.

Hoje, as chamadas Instituições de Longa Permanência de Idosos (ILPIs) são uma modalidade de serviço, assim como escolas, creches e hospitais. É claro que pode haver serviços ruins, mas a maioria, seja pública ou privada, é muito boa. É bom lembrar que o Brasil está envelhecendo e crueldade é não haver oferta de leitos suficientes para os idosos que necessitam de um asilo. O Brasil tem, hoje, pouco mais de 5.500 instituições, sendo apenas 238 delas públicas, e a maioria de origem filantrópica. As projeção de crescimento no número de idosos no Brasil deverá ultrapassar os 35 milhões de idosos em poucos anos. Com isto, as vagas existentes hoje teriam que, no mínimo, dobrar. Segundo o estudioso Bartholo, o termo “asilo” é tradicionalmente empregado com sentido de abrigo e recolhimento, usualmente mantidos pelo poder público ou por grupos religiosos. O estatuto do idoso, de 2003, afirma que somente possui consentimento para funcionamento de instituições asilares aqueles que estão inscritos junto ao órgão competente da vigilância sanitária e aos conselhos de idosos. Em se tratando das casas públicas, os principais motivos para a admissão de idosos em asilos, é a falta de respaldo familiar relacionado à dificuldades financeiras, distúrbios de comportamento, e precariedade nas condições de saúde. O mesmo não ocorre nas casas privadas, nas quais os familiares e o próprio idoso buscam cuidados. Ao entrar para um asilo, o idoso se torna membro de uma nova comunidade. Geralmente vivenciam uma mudança de seus vínculos afetivos, convivendo cotidianamente com pessoas com nenhum vínculo afetivo. Independentemente da qualidade da instituição, para o idoso é um momento de readaptação, uma vez que cada casa terá suas normas e regulamentação, como por exemplo, os horários e a alimentação. Nos asilos privados, os idosos são individualizados e possuem uma dieta in-dividual e adequada, com atividades recreativas, porém, com o custo bem maior. Já nos asilos públicos, onde se encaixa a maioria dos asilados, não se realiza do mesmo modo que o privado. No caso de Betim, especificamente, os asilos públicos possuem uma boa estrutura, em que pese sejam poucas vagas para a demanda. Os asilos Antônio Pereira, no bairro Teresópolis e Divino Braga, no Angola, são referências em atendimento ao idoso.

MOTIVAÇÃO

Às vezes devido às dificuldades do próprio envelhecimento, o idoso fica desanimado para de-terminada atividade ou até mesmo vencer um período de tratamento. Para estes casos é importante mensagens de motivação, elogios, reconhecimento dos mínimos detalhes de mudanças. O ser humano é um maravilhoso organismo capaz de perceber eventos, formular juízos complexos, recordar informações, resolver problemas e por um plano de ação. Contudo, o ser humano também pode planejar uma guerra seja para explorar o espaço exterior, para humilhar outra pessoa ou obter o reconhecimento. Resumindo: o ser humano pode se abrir para fazer coisas boas e também ruins. A motivação distingue-se de outros fatores que também influem no com-portamento, tais como experiências passadas da pessoa, suas capacidades físicas e a situação ambiente em que se encontra. Uma pessoa é motivada, em qualquer momento por uma variedade de fatores internos e externos. A força de cada motivo e o padrão de motivos influi na maneira de como vemos o mundo, nas coisas em que pensamos e nas ações em que nos empenhamos.

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