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Entendendo a ideologia de gêneros

A Ideologia de gênero é uma discussão atual que tem

desdobramentos na educação.

Dentre os preceitos bíblicos, a chamada Ideologia de gênero é algo impensável, pois a o primeiro livro da Bíblia diz “E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”. Gênesis 1:27. Esta teoria atual traz a ideia de que não é porque um homem tem corpo de homem que ele é homem ou não é porque uma mulher tem corpo de mulher que ela é mulher. Segundo a mesma, ser homem ou ser mulher é uma construção cultural e não biológica. Um dos principais pontos defendidos por esta concepção é a eliminação das desigualdades entre os sexos masculino e feminino. Aqui é preciso lembrar a questão da desigualdade e violência contra a comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais).

ORIGEM DO TERMO E SUAS CONCEPÇÕES

O conceito de “gênero” é resultado de um longo processo de pensamentos filosóficos e revoluções culturais do ocidente no último século. O Sexólogo John Money (1921-2006), diante de casos de hermafroditismo (traços biológicos dos 2 sexos) ele começa a usar a palavra “gênero”, sendo uma “identidade sexual que não coincide com a identidade biológica”. Assim, distinguiu entre sexo (noção biológica) e gênero (papel social, experiências de masculinidade e feminilidade das pessoas, sentimentos subjetivos). Começa-se então a produzir este conceito de que a identidade sexual é diferente da identidade biológica, ou seja, o meu corpo não determina a minha sexualidade. Essa visão foi fortemente adotada por jovens a partir da revolução sexual da década de 60, pois dava liberdade para que se usasse a sexualidade como bem se queria (poderia se fazer sexo com qualquer um ou com qualquer quantidade de pessoas). A feminista Simone de Beavoir (1908-1986) dizia: “Não se nasce mulher, torna-se mulher”. O pensamento dela ia além, por que acreditava que o corpo biologicamente predisposto para ter filhos é como uma prisão para a mulher e a família, casamento e maternidade estão na origem da opressão e dependência femininas e são um empecilho para que vivam a sua liberdade. Assim, família e maternidade tornam-se sinônimo de opressão. Como a função contemporânea da ideologia de gênero é a eliminação da desigualdade entre os sexos (e, hoje, a eliminação dos preconceitos para com as minorias) o feminismo começou a criar teorias de como é possível que a mulher não seja mais oprimida pela sociedade machista. Simone de Beavoir diz que a família é culpada por essa opressão. Ela não foi a primeira a dizer isso, Karl Marx já havia afirmado, depois de ter escrito O Capital, denunciando a questão da desigualdade social. Assim começa-se um grande movimento feminista para a questão do gênero. A feminista Judith Buttler defende que não existe ligação nenhuma entre biologia e papel social – nossa opção sexual não tem nada a ver com o nosso corpo biológico. E começa a força das minorias escondidas atrás de causas humanitárias, a ganhar espaço político. Em documento da ONU, da década de 1990, gênero corresponde “aos atributos sociais e [às] oportunidades associadas ao fato de ser homem ou mulher e às relações entre mulheres e homens, entre moças e rapazes, como também às relações entre mulheres e às relações entre homens. Esses atributos, oportunidades e relações são socialmente construídos e aprendidos no curso do processo de socialização. Eles são específicos de certos contextos e épocas e mutáveis”. A partir daí fala-se num consenso mundial em relação ao termo (que gênero identifica um papel social).


NA EDUCAÇÃO

Na última década o Brasil, por meio do Ministério de Educação, está implementando essa visão nas escolas, livros didáticos foram revisados e promoveu-se a sensibilidade de gênero. Introduziram o tema da orientação sexual e da identidade sexual nos currículos das escolas, ali é associado a um direito. Desta forma, os livros escolares desconstroem estereótipos masculino e feminino. Falam-se (em outubro adotado em uma escola de Brasília) nos banheiros da diversidade, que são unissex. A discussão também permeou as eleições para presidente do Brasil quando o presidente eleito Jair Bolsonaro criticou a ideologia de gênero aplicada às escolas por meio do chamado kit gay. O momento é de entendimento, uma vez que algumas escolas, de fato, estão implementando esta cultura, tendo como ideia mudar a visão da sociedade com o fim de eliminar todo tipo de opressão, violência, desigualdades, descriminações, etc. Ficam nesta matéria as seguintes perguntas: É possível negar a biologia? É possível negar a maternidade? Será que se educarmos as nossas crianças desde pequenas a não serem nem meninos nem meninas, será que elas vão conseguir assimilar isso? Será que isso realmente vai resolver o problema do mundo?

PARADOXO DA IGUALDADE

O documentário Norueguês chamado “O paradoxo da igualdade” de Harald Eia identifica questões bem interessantes: A Noruega é o país com menos desigualdade entre os sexos do mundo (dado de 2008), pois vêm se trabalhando essa questão de gênero há muito tempo. No entanto se percebeu que homens e mulheres estavam escolhendo profissões mais adequadas aos seus sexos. Por exemplo, homens estavam, em grande maioria, trabalhando com mecânica e engenharia, enquanto as mulheres estavam, também em grande maioria, optando pelo professorado e enfermagem. O documentário identifica a má argumentação dos teóricos de gênero. Ele mostra também algo muito curioso. Um estudo foi feito com recém-nascidos, bebês não poderiam ter uma identidade sexual construída pela sociedade. De um lado do berço mostrava-se uma pessoa (sem ser os pais) e do outro um objeto qualquer, que não tivesse relação com pessoas ou animais. Uma porcentagem consideravelmente maior de meninos olhava para o objeto mecânico, enquanto a grande porcentagem de meninas olhava para as pessoas. Indagando neurologistas sobre isso, a resposta que ele teve é óbvia. Meninos e meninas nascem com cérebros diferentes. Os homens são mais propensos a se interessarem por coisas mecânicas e impessoais, enquanto as mulheres são mais voltadas para as relações pessoais (a grande maioria, não todas). De qualquer forma, para um neurologista cérebros de meninos e meninas são diferentes. O resultado do documentário foi que o Conselho Nórdico de Ministros cortou, em 2011, os fundos para o Instituto Nórdico de Gênero.

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