No dia 5 de julho deste ano, a Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais formou sua primeira turma do Curso de Medicina.
Vinte e nove alunos se graduaram depois de uma longa e rica trajetória: ao todo, foram 3.074 horas-aula dedicadas aos internatos, representando 36% da carga horária total do curso, além de, pelo menos, 1.007 horas-aula (839 horas-relógio) de Atividades Complementares de Graduação.
Hoje, no total, o Campus Betim possui 754 alunos matriculados no Curso de Medicina, avaliado com nota máxima (5) pela Comissão de Avaliação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC). Na Universidade, o Curso de Medicina perpassa as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN), e tem raízes mais profundas no que tange ao compromisso em atender à necessidade de promover a convivência em condições de igualdade e respeito às diferenças, a interlocução permanente entre os diversos saberes produzidos pela humanidade, propiciando a abordagem integral do ser humano no processo saúde-doença-cuidado.
Com uma rotina intensa, a saúde do aluno também é destaque no curso. Por isto, durante todo o Curso de Medicina, os alunos possuem o acompanhamento de um professor mentor de turma, o chamado Projeto de Mentoring. A partir deste projeto, cada mentor dedica atenção exclusiva à mesma turma, do 1º ao 12º períodos, sendo um agente facilitador do processo ensino-aprendizagem, focado no percurso realizado pelo aluno ao longo desse processo.
NOME DA TURMA
É tradição do Curso de Medicina que os alunos escolham alguém que lhes sirva de exemplo para que deem o nome dessa pessoa à turma. No Campus Betim, a primeira turma de Medicina da PUC Minas escolheu o nome de batismo do Papa Francisco, Mário Jorge Bergóglio.
DEPOIMENTO: RECÉM FORMADOS E, AGORA?
A formação de um médico integral abre as portas para o profissional no atual mercado de trabalho. Ser competente não se limita mais apenas ao conhecimento e à técnica. Além dessas habilidades essenciais, é importante saber trabalhar e liderar uma equipe no ambiente hospitalar, estar ciente da ponderosa função de cada trabalhador, seja ele o técnico de enfermagem, o médico diretor ou o responsável pela limpeza, sem vangloriar nem desmerecer nenhum colega. É elementar saber manejar de forma efetiva a relação com o paciente, pois além de merecer um tratamento adequado ele deve sair da consulta se sentindo melhor, satisfeito, independentemente da sua comorbidade.
Com o grande número de faculdades de medicina em abertura, o grande receio do médico recém formado é não conseguir entrar no mercado de trabalho devido a questão de sobrevivência no equilíbrio entre a oferta e a procura. Percebemos que para este perfil de profissional, o SUS é o que mais emprega, tanto é que mais de 95% dos colegas da nossa turma estão atuando pelo SUS em Unidades de Pronto Atendimento ou Unidades Básicas de Saúde e claramente percebe-se a importância de mais um diferencial. Ser médico não é mais só saber prescrever, é entender, por exemplo, importância de notificar as doenças padronizadas, a importância da vigilância sanitária na saúde, a importância dos fluxos dos SUS e dos tipos de atenções, primária, secundária e terciária.
Após a formatura e com o CRM e carimbos em mãos, descobrimos que colocar esses diferenciais e competências na prática é bem mais complexo do que quando aprendemos na teoria durante a graduação, entretanto, a grande maioria dos nossos colegas de turma já se destaca no mercado de trabalho em comparação com outros recém formados por terem tido uma formação integral. O nosso curso, durante os seis anos, nos ensinou, insistentemente, a sermos MÉDICOS e não a sermos basicamente currículos.
Aos próximos formandos, nosso recado: venham e divirtam-se, definitivamente não há profissão mais gratificante.
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