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Cuidando do feto

A Medicina fetal é legalmente uma área de atuação da obstétrica que se dedica à promoção da saúde materno-fetal, com foco no feto. O profissional Médico que à ela se dedica deve ser profundo conhecedor da Embriologia Humana além de ter boa formação em Diagnóstico por Imagem em ultrassonografia, conhecedor de quase todas as doenças que acometem o binômio mãe-feto, especialmente aquelas que carregam consigo fetos portadores de algum tipo malformação. Hoje é plenamente possível tratar vários problemas anatômicos ou funcionais , tanto em fetos Sindrômicos como naqueles como naqueles sem qualquer evidência de doença genética.

Dr. Túlio Regis Cardoso

CRMMG 18654 Graduado em Medicina pela UFMG Especialista em Cirurgia Geral pelo CFM e CNMR , aprovado em concurso público onde Cumpriu toda a programação da Residência de Cirurgia , no Hospital Alberto Cavalcanti, Hospital João XXIII e Hospital Felício Rocho. Pós-graduação em Medicina Fetal, latu sensu, pela Fetus, SP, sob a supervisão do professor Eduardo Isfer. Fundador do Centro Médico Especializado em Ultrassonografia - Medfetus Acreditação em: Rastreamento de Aneuploidias de 11 a 13 sem e 6dias, Exame morfológico Fetal de 18 a 24 sem, Rastreamento de pré-eclâmpsia, avaliação do colo uterino para prevenção de Incompetência Istmocervical, Ultrassom Mamário pela sistemática BIRADS e DOPPLER OBSTÉTRICO - pela “Fetal Medicine Foudation”, sob o Reg:205123.

SUA SAÚDE: Que conhecimentos um fetologista deve dominar? Dr. Túlio: O fetologista deve ter domínio de toda embriologia fetal humana, pleno domínio da ultrassonografia e cirurgia geral para correção de eventuais defeitos fetais que se façam necessários incra ou extraútero. Deve ainda, ser exaustivamente treinado em procedimentos de biópsias guiadas pelo Ultrassom para a realização procedimentos cujo diagnóstico só se pode confirmar por meio da avaliação genética, hoje em dia cada vez mais comum, mas que no entanto ainda é muito pouco solicitado em nosso meio. Este profissional deve ser ostensivamente treinado nestes procedimentos, a fim de evitar possíveis danos ao feto. Existem quase 10 mil defeitos genéticos catalogados pela OMS e aproximadamente 20 mil genes dos 3,5 milhões de nucleotídeos que carregam cada um dos nossos cromossomos. O mais importante de tudo, ao meu ver, é que a fetologia não se trata mais de simples curiosidade médica, mas em muitas situações o conceito pode ser tratado, ainda dentro do útero materno, muitas das vezes com resultados animadores, outras vezes a enfermidade Fetal, mesmo que não possa ser corrigida, prepara psicologicamente os pais e familiares para uma melhor aceitação destas condições.

SUA SAÚDE: Quando é que um médico fetologista é chamado para acompanhar uma gravidez? Dr. Túlio: Infelizmente, nunca. Talvez por desconhecimento dos avanços reais que as novas tecnologias têm acrescentado à Obstetrícia ... antes dela o feto não era sequer paciente, pois não havia meios de diagnóstico das numerosas morbilidades existentes e tratá-los, então era tarefa inimaginável, há apenas 15 ou 20 anos. Infelizmente, ainda não é regra que o obstetra julgue necessário a intervenção de um fetologista.

SUA SAÚDE: Quais são os principais exames utilizados por este especialista para realizar seus diagnósticos? Dr. Tulio: A fetologia só se desenvolveu como ciência após o advento da ultrassonografia, não existindo sem este. Além disto, temos procedimentos invasivos guiados pelo ultrassom para estudo genético de células fetais contidas ou não no líquido amniótico ou no sangue do cordão e, ou ainda, nas vilosidades plancetárias.

SUA SAÚDE: Quais são as principais dificuldades encontradas por este médico? Dr. Túlio: Ele parece ser um ultrassom comum, sendo assim tratados pelos convênios e por alguns colegas médicos que ainda não entenderam que o fetologista não é um concorrente e, sim, um parceiro.

SUA SAÚDE: Quais os avanços têm ajudado ao estudo e ao trabalho da fetologia? Dr. Túlio: O principal é a parte tecnológica de imagem e genética.

SUA SAÚDE: Conte-nos um caso clínico que tenha chamado sua atenção. Dr. Túlio: A fetologia tem contribuições maravilhosas. Eram um grupo de especialistas na Unicamp que estávamos estudando a hérnia-diafragmática, cujo diagnóstico era possível com o feto de 13 semanas e 6 dias, cujo índice de mortalidade era de 100%. Após introduzirmos uma técnica que inflava o pulmão e não permitia que o intestino tomasse seu lugar, por meio de procedimento endoscópico, descobrimos a técnica que hoje é aplicada e salva fetos diagnósticos com doença.


Familia é alicerce, a base de tudo.

Defina feto: vida e evolução

Medicina é área da ciência que deveria se ocupar em curar o que for curável, amenizar o que puder curar e confortar os demais.

Um livro de cabeceira: fisiologia humana de Arthur C. Guyton

Nascer é de longe a coisa mais importante na vida.

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