Por dra. Ana Paula Braga
De acordo com dados, o Covid-19 tem uma elevada capacidade de infecção.
É sabido que, nestes casos, as principais vias de transmissão incluem a transmissão direta, através de tosse e espirros; a transmissão por contato com superfícies contaminadas pelo vírus; e a transmissão indireta, por meio de fluidos e saliva. Como o trabalho do dentista é muito próximo do paciente, pesquisadores já falam dos cuidados necessários nos tratamentos dentários, principalmente, a parte cirúrgica. Assim, diante das características, exposição à saliva e outros fluidos, possibilidade de contato com sangue, além de instrumentos manuais, cortantes ou não, que podem estar contaminados, faz-se necessário um cuidado redobrado em relação ao manejo do paciente, limpeza do consultório e proteção do profissional e dos auxiliares de consultório diante do Covid-19. Também há a possibilidade de ocorrer dispersão de respingos e aerossóis contendo patógenos provenientes da seringa e turbina utilizados nos atendimentos clínicos. Isto pode permitir uma contaminação cruzada. Desta forma, é preciso que haja a colocação de barreiras físicas entre os equipamentos, assim como uma proteção de toda a face, o corpo, o cabelo e os braços do operador, sendo estas regiões bastante atingidas pelos respingos. Quase dois meses, após o início da luta contra o Coronavírus, muitos atendimentos odontológicos foram suspensos, ficando apenas a emergência. O objetivo inicial foi proteger profissionais e pacientes. Aos poucos, estes profissionais estão voltando à sua rotina. Assim, como muitos profissionais estão se reinventando em suas profissionais, o dentista também. Começando pelo consultório odontológico que deve ser cuidadosa e primorosamente limpo antes de se iniciar os atendimentos. A indicação é para que seja realizada uma desinfecção rigorosa nos materiais, equipamentos do consultório odontológico e também nas maçanetas, cadeiras e no banheiro. É necessária também, a realização do isolamento absoluto do campo operatório sempre que possível, visto ser uma ação que minimiza a geração de aerossóis com grande contaminação ao se utilizar alta rotação ou o ultrassom. Portanto, no caso da impossibilidade do isolamento, é viável bastante cautela durante o procedimento. Recomenda-se também o uso de sugadores de alta potência, de maneira que o trabalho a quatro mãos seja estimulado para o controle de disseminação do vírus; assim como evitar a utilização da seringa tríplice na sua forma spray, acionando os dois botões ao mesmo tempo para regular a saída de água de refrigeração. Os motores com válvulas de antirretração ou antirrefluxo são altamente aconselhados para prevenir contaminação cruzada. Apesar de já ser considerada uma das várias e principais medidas de biossegurança nos consultórios odontológicos, reforça-se a necessidade de realizar autoclavagem das peças de mão após todos os atendimentos, assim como todo o material deverá ser esterilizado em autoclaves. É preciso ressaltar também o cuidado no manuseio de materiais perfurocortantes, já que as infecções podem acontecer após acidentes com os mesmos. Por fim, é muito importante a presença de álcool em gel 70% nas salas de espera, para uso do paciente, acompanhante e secretária. O cirurgião dentista como profissional da área da saúde, deve orientar o paciente em relação à higiene das mãos, etiqueta respiratória e de tosse, além de pedir para que evite o toque de mãos nos olhos, nariz ou boca, evitando dessa forma a contaminação.
CUIDE DA HIGIENE BUCAL
Não é por que está usando uma máscara em grande parte do tempo, que as pessoas devem se descuidar da higiene bucal. É bom estar atento que a saúde da boca é importantíssima no processo de imunidade. Desta forma, a dica é hierarquizar a higiene bucal em:
1. Higienização do dorso da língua (com higienizador específico ou mesmo escova de cerdas macias); 2. Uso correto e rotineiro do fio dental (antes da escovação com dentifrício); 3. Escovação Dental com escova de cerdas macias e brancas - jamais cair nos modismos de cerdas pretas, vermelhas, alaranjadas ou qualquer outra cor que não seja o branco (para visualizar se ocorre sangramento – sinal clínico de doença periodontal) com dentifrício contendo Flúor ou agentes terapêuticos (menos o triclosan); 4. Uso de enxaguantes bucais (antissépticos bucais). Por fim e não menos importante, cuidar de nossas escovas dentais e dos nossos higienizadores de língua, mantendo-os imersos em solução desinfetante para evitar a reinfecção após cada uso.
Participação na elaboração da matéria:
Rafisa Nogueira Costa
Instagram @biologadentista
Estudante do 9° período UIT
CONTATO
Dra. Ana Paula Braga
Implantodontista e Odontologia Estética
Av. Amazonas, 838 | Centro |Betim Instagram draanapaulaodonto_ www.draanapaulaodonto.com.br Telefone: (31) 3511-9724
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