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Cirurgia veste jaquetão


PROF. DR. JOSÉ DE SOUZA

ANDRADE FILHO**

Analogias em Medicina

**Patologista no Hospital Felício Rocho

**Membro da Academia Mineira de

Medicina

**Professor de Patologia da Faculdade

de Ciências Médicas de Minas Gerais.


O paletó tipo jaquetão (Etim. jaqueta+ão) é paletó trespassado na frente, com barra reta, em geral com quatro ou seis botões. Considerado atualmente em desuso, alguns profissionais da moda internacional têm profetizado sua volta ao guarda-roupa masculino. Para outros “a elegância de um jaquetão bem cortado dispensa comentários. O indivíduo está bem vestido em qualquer parte do mundo”.

Em todos os atos cirúrgicos há três procedimentos técnicos fundamentais, que são a diérese, a hemostasia e a síntese. Esta é a união cirúrgica das bordas dos tecidos e tem por finalidade manter as mesmas em íntimo contato, até que a cicatrização se complete. Os principais instrumentos usados na síntese são as agulhas, o porta-agulhas e os fios, além de instrumentos auxiliares como afastadores e pinças para preensão. As principais técnicas para a síntese envolvem as denominadas suturas. Estas são de grande importância e indispensáveis ao processo de cura e feitas com fios diversos e com grampos metálicos, necessitando dos mesmos instrumentos acima referidos. São numerosos os tipos de sutura e com pontos variados, como sutura contínua, por pontos simples ou separados etc.

Um dos tipos de sutura usado em certas operações denomina-se sutura em jaquetão e caracteriza-se por sobreposição ou imbricação dos tecidos (em inglês: pants over vest = jaquetão). São precisas as indicações para a sutura em jaquetão. Sua função básica é de reforçar a região suturada e apresentar forte resistência à tensão. Segundo a história da cirurgia, este tipo de síntese foi desenvolvido, sobretudo, para o fechamento de anel herniário. É aplicada, com ótimos resultados, em alguns tipos de operação, tanto em medicina humana como veterinária.

Algumas citações em relatos científicos: “em cirurgia abdominal optamos por fechar a incisão com transposição do músculo reto abdominal, tipo jaquetão, para corrigir a diástase e a hérnia umbilical”; “usei a sutura em jaquetão na parede de remanescentes de aneurisma cardíaco, reforçando a hemostasia cirúrgica”; “para fixar um retalho em dobradiça para correção de fenda palatina, recorri à sutura em jaquetão. De um veterinário: “tenho usado a sutura em jaquetão (ou técnica de sobreposição de Mayo), para reparar hérnias em bovinos e equinos, como as umbilicais, objetivando proporcionar mais resistência e diminuir a incidência de recidivas”.

Há também a chamada técnica do jaquetão em cirurgia plástica mamária. A principal indicação é para mulheres com seios flácidos de tamanho pequeno e médio. A técnica consiste no seguinte: O cirurgião realiza uma sobreposição dos tecidos internos, glandular e gorduroso, deslocando o material da mama esquerda, fixando-o no lado direito e o contrário, deslocando o direito e fixando-o no esquerdo, semelhante a um jaquetão fechado. Internamente, é como se os tecidos fossem dois braços cruzados, dando suporte às mamas e deixando-as firmes e com o formato satisfatório, segundo os autores consultados. O tecido mamário de um lado e de outro é fixado nas costelas por meio de fios de náilon especial.

De acordo com cirurgiões plásticos, mulheres com seios flácidos que querem resgatar a antiga forma, mas têm receio de usar prótese de silicone, podem se beneficiar com a técnica do jaquetão.

*ANALOGIA: PONTOS DE SEMELHANÇA ENTRE

COISAS DIFERENTES; SIMILITUDE, PARENCENÇA

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