Nesta edição, o jornal SUA SAÚDE traz uma entrevista com o secretário municipal de Saúde, Guilherme Carvalho (foto), que faz um raio X sobre a saúde pública de Betim.
SUA SAÚDE: Neste mês, foi inaugurada a UPA Norte. Fale sobre os diferenciais desta UPA? Guilherme Carvalho: A UPA Norte foi dimensionada para propiciar um aumento real de atendimentos de urgência e emergência no município. Ela conta com maior capacidade instalada de leitos, estrutura moderna, equipamentos de ponta e com os serviços de clínica geral, cirurgia e pediatria.
SUA SAÚDE: Qual o papel do Hospital Santa Teresinha na nova UPA? Guilherme Carvalho: O Hospital Maternidade Terezinha de Jesus – HMTJ, entidade sem fins lucrativos, assumiu o contrato de gestão com a Secretaria de Saúde. Sua função é coordenar as ações operacionais para prover o funcionamento da unidade, compreendendo fornecimento da mão-de-obra, manutenção predial e de equipamentos, insumos, materiais, medicamentos, oferta de exames laboratoriais e de raios-X, vigilância na unidade e demais serviços para garantir o pleno funcionamento da unidade e o atendimento integral aos usuários SUS.
SUA SAÚDE: Nos dois primeiros anos de governo, o prefeito Vittorio arrumou a casa. O que agora, o betinense pode esperar da saúde na cidade? O que virão de obras na saúde? Guilherme Carvalho: As obras anunciadas e que trarão maior impacto a saúde da população serão o Novo Centro Materno-Infantil, a nova UPA Alterosas, as oito Unidades Básicas de Saúde (UBS) já em fase de construção e as diversas outras UBS que ainda serão construídas com início previsto para os próximos meses. Mais que obras, o que se busca é a melhoria nas condições para o servidor prestar um melhor serviço, o que nas atuais unidades não permite.
SUA SAÚDE: Como está a parceria da Prefeitura com o Hospital Evangélico? Quais foram os resultados? Guilherme Carvalho: A parceria tem sido um sucesso absoluto. Os resultados foram atestados em todas as prestações de contas. Do ponto de vista assistencial, houve aumento na oferta de serviços, na melhoria nos serviços e na redução drástica dos valores praticados pelo antigo prestador, o que permitiu que essa economia fosse revertida para aumentar a produção e reduzir as filas nessas especialidades e, em alguns casos, até zerar a fila expectante. SUA SAÚDE: Qual a política da prefeitura para com os funcionários da saúde? Guilherme Carvalho: A Secretaria de Saúde não pode responder de forma independente a essa questão, mas internamente buscamos trabalhar as políticas de Gestão do Trabalho, ofertando cursos, capacitações, palestras e implantando metodologias que buscam melhorar a rotina dos trabalhadores em uma área sempre tão conflitante. Temos consciência que ainda há muito a avançar, mas, neste momento financeiro pelo qual Minas Gerais está passando, percebemos em nossa volta diversos municípios que nem o compromisso bá-sico do pagamento dos servidores têm conseguido honrar. Acredito que exis-te um reconhecimento do governo por tudo que os servidores da saúde representam. Recentemente, o prefeito Vittorio anunciou uma série de benefícios que tem buscado para valorizar a categoria, mesmo em tempos tão difíceis. Daria destaque à oferta do Plano de Saúde em condições diferenciadas do mercado e à rede de benefícios nos lojistas em parceria com a CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas).
SUA SAÚDE: O prefeito disse que Betim amanheceu o ano de 2019 de 400 leitos hospitalares e vai terminar o ano com 1.300 leitos. Como isto é possível? Guilherme Carvalho: Certamente o prefeito contabiliza os leitos públicos e privados com a inauguração dos novos hospitais Mater Dei e Unimed e, também, com a reestruturação do Centro Materno-Infantil, que além de seus mais de 120 leitos, vai liberar áreas no Hospital Regional, o que permitirá a instalação de outros serviços. Além disso, existe a previsão que os serviços de nefrologia e oftalmologia que hoje são contratualizados com a Associação Beneficente Evangélica de Minas Gerais sejam transferidos para outra estrutura no município. Com isso também recuperamos todo o quinto andar do Regional, além de toda área hoje destinada à hemodiálise.
SUA SAÚDE: Com os anúncios dos investimentos na saúde que estão sendo feitos na cidade, vai aumentar a demanda vinda dos municípios vizinhos. A prefeitura está preparada para isto? Guilherme Carvalho: Primeiro há de se entender que Betim é cidade-sede de nossa região de saúde, um polo onde recebemos a pactuação dos municípios para realizar esses atendimentos. Além disso, quando se trata de serviços de urgência e emergência, serviços de portas abertas, é direito de qualquer cidadão acessar aos serviços do SUS, esse é um dos princípios desse sistema que zelamos e defendemos. Claro que quando existe extra-polamento das pactuações com os municípios existe monitoramento que nos permite alinhar isso com as cidades vizinhas e corrigir essa rota.
SUA SAÚDE: Sobre a Dengue, o que está sendo feito para que a doença não continue matando, uma vez que os dados colocam Betim na dianteira? Guilherme Carvalho: O Estado de Minas deve pagar a dívida com o município de Betim, que apenas na saúde já ultrapassa a casa dos R$ 84.000.000,00 (oitenta e quatro milhões de reais). As ações necessárias já fazem parte das discussões constantes do Comitê de Prevenção de Arboviroses, que se divide em vários eixos, desde o controle vetorial, mobilização social, educação ambiental, limpeza urbana e outros, mas entendemos que a epidemia deste ano já tenha alertado também a população para a necessidade de cuidar e limpar dentro de seus próprios imóveis, uma vez que mais de 83% dos focos do mosquito estão em imóveis particulares.
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